Morreu agricultor Renato Antônio Zavarese

Fotos: Arquivo Pessoal

O agricultor Renato Antônio Zavarese, 67 anos, nasceu em Dona Francisca, na região da Quarta Colônia. Mas foi em Formigueiro, na Granja Sossego, que ele passou a maior parte da vida. Apaixonado pela lida do campo, Zavarese plantava arroz, soja e o que mais pudesse cultivar. Descrito pela família como um pai, marido e avô presente, o agricultor não dispensava a companhia das duas filhas Daniela Zavarese, 45, e Patrícia Zavarese, 40, e da esposa Eronita Rosália Zavarese, 68. Ele e a mulher se conheceram em um baile na localidade de Santuário, pertencente ao município de Restinga Sêca, e ficaram juntos por 47 anos.

As filhas nasceram em Formigueiro, onde a família residiu por longos anos. Há 25 anos, a família mudou-se para Santa Maria, no Bairro Urlândia, onde Zavarese fez muitos amigos. Aos finais de tarde, o idoso tinha o costume de ficar conversando com os vizinhos.

- Como ele era fanático pelo Grêmio, esse era sempre o assunto dele. O pai amava o time e não perdia um lance, seja assistindo pela televisão ou escutando pelo rádio. Além de estar sempre bem informado sobre o time, ele também gostava de acompanhar as notícias pela televisão - recorda a filha mais nova.

Aos finais de semana de folga, Zavarese costumava ir para a Granja do Sossego para pescar com amigos e conhecidos. O idoso adorava relembrar, com eles, os velhos tempos.

No bairro em que morava em Santa Maria, ele mantinha uma horta com verduras e temperos e dizia que não queria perder o hábito de mexer na terra.

De acordo com Patrícia, a grande herança deixada pelo pai foi a honestidade. Ele também ensinou as filhas a trabalharem e lutarem pelos sonhos e ajudou a cuidar de todas as netas: Andriela, 28 anos, Nathaniel, 22, Gabriela, 20, e Letícia, 10. A mais nova passava todos os dias com ele. Como a família costumava dizer, um cuidava do outro.

Sempre de bem com a vida, Zavarese era muito fiel aos amigos e, todos os dias, procurava por eles para saber como estavam.

Quando era mais novo, o agricultor participava de bailes no Centro Tradicionalista Gaúcho Os Carreteiros, em Formigueiro. Também era a música gaúcha que o animava para trabalhar no campo acompanhado de um rádio. Além disso, ele também ouvia músicas sertanejas e os jogos do time do coração. Eronita conta que ficou ao lado do marido por muito tempo e batalhava com ele para que tivessem uma boa vida.

- Quando morávamos na fazenda, ele batalhou para nos dar uma vida boa. Eu fiquei sempre ao lado dele e levava a todos os médicos que ele precisava. Ele tinha ciúme de mim e sempre me defendia - recorda Eronita.

Zavarese precisou ser levado ao Pronto Atendimento Municipal na noite de 14 de fevereiro para atendimento. Ele faleceu em 15 de fevereiro, em decorrência de uma parada respiratória, e foi sepultado no dia seguinte, às 16h, no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria.

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